quinta-feira, 16 de junho de 2011

Entrevista - Regina Monge

4 DE JUNHO DE 2011
Oi, gente!
Hoje estou aqui para postar mais um entrevista com um grande talento nacional! Dessa vez, a entrevistada foi Regina Monge, autora do livro A Escolha de Cada Um, livro super recomendado a todos!



1- Quem é Regina Monge?
Gostaria de dizer, antes de mais nada, que é um prazer poder conceder essa entrevista para o blog Paraíso da Leitura e compartilhar um pouco da minha vida com todos os leitores que por aqui passam.
Sou uma geminiana típica, com ascendente em Libra envolta nos mundo da comunicação e dos relacionamentos e sempre envolvida em várias coisas ao mesmo tempo, a curiosidade é a minha companheira do dia a dia.

Adoro a experimentação da mudança, conhecer pessoas, trocar experiências, novos lugares, novos pratos..., tenho 43 anos e nasci no interior de São Paulo, num dos menores municípios do Estado, a estância turística de Águas de São Pedro. Saí de lá aos 21 anos e vim para São Paulo, onde vivo até hoje.
Sou formada em Comunicação, com especialização em Propaganda e MBA em Marketing e trabalho, desde 1993 com essa atividade. Em 2009, finalizei um curso de extensão sobre História e Linguagem do Cinema, outra paixão, além da literatura e constituí minha própria agência, ainda em formação, e que requer toda a minha atenção neste momento. Para quem quiser visitá-la, o site éwww.vertscomunicacao.com.br

2- Como teve a ideia de A Escolha de Cada Um?
Aqui a história é longa (rsrsrsr)... eu já morava em São Paulo, no ano de 1991 e trabalhava na área de contabilidade, em uma indústria metalúrgica; era um ambiente de trabalho gostoso, porém muito tedioso, com uma rotina de atividades sem novidades, exceto as mudanças na legislação contábil.
Eu sabia que aquele tipo de trabalho não combinava com a minha personalidade e, num dia de pouco trabalho, decidi escrever um livro. Nos dias seguintes, dei início a esse projeto. Agora vem uma parte que muitos de vocês, leitores, não vivenciaram; peguei algumas folhas de papel sulfite e comecei a datilografar em uma máquina de escrever manual. Computador, naquela época, ainda era raro em muitas empresas. Tenho essas folhas iniciais guardadas até hoje, já estão amareladas pelo tempo, mas esse foi o começo de tudo. Comecei a digitar as palavras que foram formando as frases e, essas, dando vida à história; quando percebi, já tinha o personagem principal da primeira parte.
Escrevi umas trinta páginas e deixei arquivado por mais de uma década.
Muitas coisas aconteceram em minha vida nesse período e, em 2002, num dia tranqüilo em casa, veio o impulso para retomar o projeto e, com ele, a inspiração para a segunda parte do livro, sem o final ainda definido.
Registrei a ideia principal e arquivei o projeto por mais seis anos. Foi então, em 2008, que decidi finalizá-lo e recomecei a escrever. Muitas coisas mudaram, desde os primeiros registros, mas o eixo principal se manteve intacto, desde o início. Hoje entendo que não preciso esperar tanto para escrever mas, naquela época, havia outras conquistas para batalhar e tudo aconteceu conforme as minhas escolhas.

3- Com quantos anos começou a escrever?
Comecei na adolescência a escrever poesias mas, infelizmente, não tenho nada registrado desse período. Mas sabia que em algum momento da minha vida começaria a escrever algo e publicaria, só não pensei que fosse demorar tanto.

4- Você se lembra de qual foi seu primeiro texto?
Aqui você me pegou, eu não lembro.

5- “Leitores vorazes têm capacidade de ser exímios escritores”. Você concorda com essa frase? Você se considera uma devoradora de livros?
Eu não sei se concordo com essa frase, conheço algumas pessoas que são devoradoras de livros e não conseguem escrever um texto curto sequer, que seja sua criação.
Infelizmente eu não consigo ser uma devoradora de livros, não porque eu não queira e sim porque a minha atividade profissional demanda demais e acabo focando em leituras relacionadas a minha área de trabalho, além de revistas de negócios e jornais diários. Dessa forma, não sobra tempo para a literatura, mas sempre tenho um livro começado na cabeceira da cama e leio um pouco antes de dormir e assim consigo encaixar alguns livros durante o ano. Tenho o hábito de anotar todos os livros que desejo ler num arquivo e vou alimentando-o a todo instante e quando vejo essa lista penso comigo, que precisaria de alguns anos sabáticos para poder ler tudo o que gostaria.

6- A Escolha de Cada Um é um livro emocionante que conta a história de um livro que queria ser lido. É um tema, pelo menos para mim, inédito, com muita originalidade. Como é para você ser a autora de um livro tão lindo e tocante?
Quando escolhi ter o livro como personagem não imaginava que os leitores, principalmente os blogs de literaturas, ficariam tão encantados com esse personagem, foi uma grande surpresa e satisfação para mim. Tenho recebido feedbacks de blogs, de leitores e é impressionante como dizem estar surpresos com um livro sendo personagem de uma história de um livro. Alguns, solicitam a continuação, outros dizem que passaram a tratar melhor seus livros.... É muito gratificante.

7- Pelo que vemos no livro, infelizmente não seremos contemplados com uma continuação. Você já tem algum outro projeto em mente? Se sim, será que poderia nos proporcionar uma bisbilhotada?
Tenho três sinopses prontas que considero bem legais para começar a escrever. O difícil será precisar esse início; como minha atividade principal demanda muito de mim, sobra pouco tempo para a literatura e ainda estou no processo de divulgação de “A Escolha de Cada Um”. Mas vocês podem esperar por algo bem legal, a única certeza que posso prometer é que não vou demorar tanto para escrever como foi esse primeiro. Talvez eu inicie por um projeto que vai contar a história de uma personagem jovem, que em uma viagem para a Europa e em visita a um determinado ponto turístico, vai começar a sentir reminiscências de uma vida passada, vivida na Idade Média.

8- Sobre a Literatura Nacional... O que você pensa das pessoas que, por acharem que nossos livros se resumem aos clássicos como Machado de Assis e Paulo Coelho, não apreciam da riqueza que possuem diante de seus olhos e buscam livros estrangeiros?
É uma pena ter o pensamento tão restrito assim. É verdade que em nossa história temos grandes escritores com obras fantásticas, mas há muita literatura contemporânea sendo escrita e de boa qualidade. O que acontece é que somos um povo influenciado pela mídia e se algum autor tem uma divulgação, chegará ao leitor.
Eu tenho o hábito de entrar em uma livraria e pegar os livros na mão, ver sua capa, ler sua orelha e a sinopse independente de tê-lo visto na mídia ou não, mas a maioria não faz isso. Outro fator que ajuda muito é a indicação de alguém que já leu e gostou.

9- Abra sua mente para possibilidades. O que você faria para alterar essa situação?
Eu gostaria de estar caminhando descalça pela areia da praia deserta bem cedo, admirando o nascer do sol e displicentemente pisar em uma saliência que me chamasse a atenção ao ponto de parar e cavoucar a areia e nela encontrar uma velha lâmpada. Ao perceber o meu achado, limparia e começaria a esfregá-la na esperança de surgir um gênio adormecido pelos séculos. A esse gênio eu pediria que colocasse uma poção mágica na água de nossa população e ao bebê-la nossas crianças, adolescentes, adultos e idosos adquiriam sabedoria e cultura e passariam a ter gosto pela leitura, pelo saber e essa magia se propagaria por todos nós.

10- Qual foi a escolha mais difícil que fez na sua vida?
Penso ter sido deixar minha cidade no interior de São Paulo em 1989 e vir para a capital, sem nada definido em busca de trabalho e estudo.

11- O que você achou do blog Paraíso da Leitura?
Um visual bonito e clean, os textos bem escritos e uma simpatia e atenção no aspecto de parceria com o autor. Parabéns!

E é só! Obrigada por ceder alguns minutos para responder às minha perguntas, Regina!!

Um comentário:

  1. Olá Regina!
    Gostei muito da entrevista!
    Queria avisar também, que aquele antigo e-mail meu não uso mais.
    O meu novo e-mail é: leeoh-1@live.com
    Se você puder enviar o seu, eu agradeceria.
    Abraço...

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